Pêssegos em Calda: Informações importantes para sua estratégia de compras

Trata-se de uma commodity com preços variáveis de acordo com a qualidade de cada safra.

Safra no Hemisfério Norte: A colheita começa em julho e se estende até agosto.
As primeiras entregas começam no final de agosto e início de setembro.
Importante notar que os pêssegos têm diferentes utilidades: sucos, sorvetes, baby food, conservas, geleias, etc.

Os processadores, na Europa, costumam receber programações de seus clientes para reserva do produto no começo de cada ano. Desta forma asseguram que terão o produto no período que se se estende até a próxima safra.

Os preços podem ser discutidos em julho, todavia as reservas são feitas no início de cada ano, em março/abril, ou até antes.

A Grécia é um dos maiores produtores e fornecedores de pêssegos e damasco em calda da Europa.

Processam grande parte da produção nas marcas próprias dos clientes.
A qualidade do pêssego grego se destaca no sabor, tamanho, uniformidade, coloração, bem como na textura.

Dados importantes na confirmação da alta qualidade do produto.

Diferentemente da América do Sul, que produz quase que exclusivamente calda com alto teor de açúcar (Heavy Syrup) equivalente ao BRIX 17-19, na Grécia se produzem este Brix e também os Brix 14-16 e 11-13, que significam menos açúcar na calda. O último é considerado light, com teor 30% a menos de açúcar.

Os pêssegos do Hemisfério Norte sofrem sobretaxa de 35% na importação pelo Brasil.

Essa sobretaxa já foi de 55% no passado e foi reduzida porque a produção da América Latina não estava sendo suficiente para atender todos os mercados. Os principais produtores são: Chile, Argentina e Brasil. Os mercados têm se ajustado em termos de preços, de forma que muitas vezes estão alinhados, mesmo com a sobretaxa. Então, recomenda-se cálculo apurado para realmente verificar a competitividade de cada país.

O Brasil, no Rio Grande do Sul, tem importantes produtores, que normalmente abastecem clientes tradicionais. No entanto a produção muitas vezes não é suficiente para atender demandas fora de contratos. Então os processadores do Chile e Argentina tem atuado para compensar.

Importante ressaltar a sazonalidade desse produto. Na América do Sul a colheita acontece em janeiro e os fabricantes vendem o produto ao longo do ano. Contudo, quando as safras não são boas, pode faltar o produto, aos clientes não tradicionais, nas vendas que antecedem o Natal. Isso já aconteceu em várias ocasiões.
Quando isso ocorre, percebe-se uma procura maior pelo produto europeu, que inicia as entregas em agosto.

Normalmente torna-se inviável fazer importação da Europa negociando em agosto/ setembro para chegar aqui para as vendas de Natal.

Então em resumo, sugiro que os compradores diversifiquem as fontes de fornecimento, negociando previamente tanto no mercado Europeu como Latino Americano.

Essa tem sido nossa experiência e recomendação.

Lucio Vieira – CEO – ROTABRAZIL Global Sourcing

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