Dado o atual cenário de pandemia e lockdown em diversos países, os embarques internacionais foram afetados por atrasos de navios, problemas em portos, fábricas fechadas, dificuldade em obter insumos e pessoas em home office.
Mas onde entra o agente de cargas nesta história?
Digamos que você comprador, está em contato com o fornecedor para o envio de um contêiner de azeites Gregos para o Brasil.
Você espera que o embarque ocorra rapidamente, para que o transit time (tempo de viagem) seja curto e o frete seja o mais barato possível, não?
Agora imagine esta situação:
A carga está pronta no armazém do fornecedor e você está cotando a operação com seu agente de cargas. Mas infelizmente terá de esperar cerca de duas a quatro semanas por um container para a estufagem, pois boa parte dos containers foi movida para o Oceano Pacífico, dado o aumento dos negócios entre Estados Unidos e China. E os containers que deveriam estar no Mediterrâneo, estão atrasados por conta do incidente no Canal de Suez.
Assim, suas possibilidades vão se esgotando até que os prazos fiquem extremamente apertados…
Aquela mercadoria que você esperava ter em determinada data aqui no Brasil, vai chegar muito depois, e se o consumo dela for sazonal, prepare-se para fazer uma promoção das boas para escoar seu estoque.
No final das contas, um processo de importação que serviria para te dar competitividade e acesso a produtos mais exclusivos, acaba se tornando uma grande dor de cabeça e fonte de incertezas sobre a “lucratividade” da operação.
Por isso, a recomendação dos especialistas de importação, é que neste momento que estamos vivendo, seu agente de cargas seja definido assim que o fornecedor inicie sua produção e não quando a carga já estiver pronta.
Grande parte dos fornecedores ao redor do mundo, precisam de 15 dias para preparar suas cargas. Desta forma, cotando o agente com antecedência, haverá tempo hábil para encontrar um contêiner e espaço em um navio, para o seu embarque.